Pacto de Não Agressão Alemão-Polonês

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O Pacto de Não Agressão Alemão–Polonês (em alemão: Deutsch-polnischer Nichtangriffspakt; em polonês/polaco: Polsko-niemiecki pakt o nieagresji) foi um tratado internacional entre a Alemanha Nazista e a Segunda República polaca, assinado em 26 de janeiro de 1934. Ambos os países se comprometeram a resolver seus problemas através de negociações bilaterais e privaram-se de um conflito armado, por um período de dez anos. Ele efetivamente normaliza as relações entre a Polônia e a Alemanha, que, anteriormente, eram tensas por disputas de fronteira decorrentes do território tomado no Tratado de Versalhes.A Alemanha efetivamente reconheceu as fronteiras da Polônia e acabou com os economicamente prejudiciais postos de controle militares entre os dois países, que aconteceram ao longo da década anterior. Antes de 1933, a Polônia estava preocupada que algum tipo de aliança teria lugar entre a Alemanha e a União Soviética, em detrimento da Polônia e portanto, a Polônia tinha uma aliança militar com a França. Os Nazistas e os Comunistas eram grandes inimigos uns dos outros, então, quando Hitler chegou ao poder, em 1933, a probabilidade de uma aliança parecia remota.[1]

Justificação de Piłsudski

Embaixador alemão, Hans-Adolf von Moltke, líder polonês, Józef Piłsudski, ministro da propaganda alemão, Joseph Goebbels e Józef Beck, o ministro dos negócios Estrangeiros polaco em uma reunião em Varsóvia, em 15 de junho de 1934, cinco meses após a assinatura do Pacto de Não Agressão.

Uma das mais conhecidas políticas externas de Józef Piłsudski foi a sua suposta proposta para a França a declarar guerra à Alemanha depois que Adolf Hitler havia chegado ao poder, em janeiro de 1933. Alguns historiadores especulam que Piłsudski pode ter avisado para a França, sobre a possibilidade de uma ação militar conjunta contra a Alemanha, que tinha sido abertamente um ato de rearmamento, em violação do Tratado de Versalhes. A recusa da França pode ter sido uma das razões que a Polônia assinou o pacto de não-agressão. O Pacto seria para excluir especificamente a aliança franco-polonesa de 1921.[2]

A política alemã mudou drasticamente no final de 1938, após a anexação da região dos Sudetas, selando o destino da Checoslováquia e a Polônia tornando-se o próximo alvo de Hitler. Em outubro de 1938, o Ministro dos negócios Estrangeiros alemão Joachim Ribbentrop apresentou a Polónia a proposta de renovar o Pacto em troca de permitir que a Cidade Livre de Danzig fosse anexada pela Alemanha e a construção de uma ferrovia e uma rodovia extraterritorial através do corredor polonês, com a Alemanha aceitando as fronteiras da Polônia do pós-guerra. A Polónia se recusou. Como consequência, Hitler rescindiu unilateralmente o Pacto em 28 de abril de 1939, durante um endereço perante o Reichstag, com a Alemanha renovando suas reivindicações territoriais na Polónia. Depois de mais alguns meses de aumento da tensão, e após a assinatura do Pacto Molotov–Ribbentrop entre a Alemanha e a União Soviética, que continha um secreto protocolo pelo qual Hitler e Stalin concordavam em dividir a Polônia entre eles, a Alemanha invadiu a Polônia em 1 de setembro de 1939, início da II Guerra Mundial. Alfred Rosenberg advertiu sobre este tipo de acordo que "qualquer pacto com os soviéticos seria ruim para o nazismo".[3]

Consequências

Reações internacionais

O governo britânico ficou geralmente satisfeito com a declaração germano-polonesa. Eles acreditavam que isso removeu uma perigosa ameaça à paz.[4]

Na Tchecoslováquia, o acordo irritou a elite política da Tchecoslováquia.[5] O anúncio da declaração ocorreu apenas quatro dias após as discussões entre Jozef Beck[6] e o chanceler tcheco, Edvard Beneš. Beneš, falando com Joseph Addison (o embaixador britânico em Praga), afirmou que o acordo foi uma "punhalada nas costas" e continuou dizendo que mostrava que a Polônia era um "país inútil" que merecia outra partição.[7] Na época, Beneš ficou particularmente irritado com relatos da imprensa controlada pelo governo polonês e de direita acusando os tchecos de maltratar os poloneses na região de Trans-Olza e percebeu o incentivo polonês aos nacionalistas eslovacos.[8]

A conclusão da declaração gerou acusações da França de que o governo francês não havia sido totalmente informado sobre o andamento das negociações entre a Polônia e a Alemanha. O governo francês foi mantido informado sobre o progresso durante a fase preliminar das negociações no final de 1933, mas isso não foi mantido durante a parte final das negociações, embora os franceses tenham recebido uma explicação detalhada do acordo e dos seus motivos pelo governo polaco logo após a sua assinatura. A opinião pública francesa sobre o acordo foi negativa.[9] Os críticos franceses do acordo acreditavam que ele indicava que a Polônia poderia ser um aliado não confiável.[4]

A assinatura do tratado foi uma surpresa para o governo dos EUA, apesar da defesa anterior da administração dos EUA de um acordo polaco-alemão. Alguns sectores da opinião pública dos EUA também consideraram o acordo como um sinal de apoio polaco à Alemanha.[10]

Da mesma forma, a assinatura do acordo causou preocupação na URSS, com comentários no Izvestia questionando se o acordo representava uma concessão da Alemanha ou era simplesmente uma manobra alemã, e expressando a crença de que o acordo era meramente temporário.[11]

Ver também

Referências

  1. Gerhard L. Weinberg, A Política Externa da Alemanha de Hitler (1970) pp 57-74.
  2. Dariusz Baliszewski, Ostatnia wojna marszałka, Tygodnik "Wprost", Nr 1148 (28-11-2004), Polish, retrieved on 24-3-2005
  3. Why did Nazis fail to create a Ukrainian state in 1939?
  4. a b Weinberg, Gerhard L. (1 de março de 2010). Hitler's Foreign Policy 1933-1939: The Road to World War II (em inglês). [S.l.]: Enigma Books 
  5. Lukes, Igor (23 de maio de 1996). Czechoslovakia between Stalin and Hitler: The Diplomacy of Edvard Bene%s in the 1930s (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  6. Hark, Joseph T.; Watt, Richard M. (fevereiro de 1982). «Bitter Glory: Poland and Its Fate, 1918-1939». The History Teacher (2). 304 páginas. ISSN 0018-2745. doi:10.2307/493567. Consultado em 19 de agosto de 2023 
  7. «War and Peace: Mussolini's Road to Munich». Routledge. 12 de outubro de 2012: 172–202. ISBN 978-0-203-04507-7. Consultado em 19 de agosto de 2023 
  8. Steiner, Zara (31 de março de 2011). The Triumph of the Dark: European International History 1933-1939 (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  9. D Bicki, Roman (1969). «The Remilitarization of the Rhineland and Its Impact on the French-Polish Alliance». The Polish Review (4): 45–55. ISSN 0032-2970. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  10. Wandycz, Piotr S. (2009). «The Second Republic, 1921-1939». The Polish Review (2): 159–171. ISSN 0032-2970. Consultado em 24 de agosto de 2023 
  11. Kulski, W. W. (1978). «The Soviet Union, Germany and Poland». The Polish Review (1): 48–57. ISSN 0032-2970. Consultado em 25 de agosto de 2023 

Bibliografia

  • Piotr Stefan Wandycz, The twilight of French eastern alliances. 1926–1936. French-Czechoslovak-Polish relations from Locarno to the remilitarization of the Rheinland., Princeton University Press, 1988 (republicado em 2001). ISBN 1-59740-055-6.
  • Anna M. Cienciala, "The Foreign Policy of Józef Piłsudski and Józef Beck, 1926-1939: Misconceptions and Interpretations,"" The Polish Review (2011) 56#1 pp. 111–151 - JSTOR

Ligações externas

  • Texto do tratado (em polonês)
  • Texto do tratado (em inglês)
  • texto sobre polonês política externa (em checo)
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