Oribatida

Como ler uma infocaixa de taxonomiaOribatida
Um espécime do grupo Phthiracaridae.
Um espécime do grupo Phthiracaridae.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Superordem: Acariformes
Ordem: Sarcoptiformes
Subordem: Oribatida
Dugès, 1833
Diversidade
c. 200 famílias, 1 200 géneros, 6 600 espécies
Subordens
  • Brachypylina
  • Enarthronota
  • Holosomata
  • Mixonomata
  • Palaeosomata
  • Parhyposomata
Sinónimos
  • Cryptostigmata

Oribatida (anteriormente designada por Cryptostigmata), também conhecidos por "ácaros-escaravelho",[1] é uma subordem de ácaros pertencentes ao clade dos Sarcoptiformes (Acariformes mastigadores). As espécies incluídas variam em tamanho entre os 0,2 - 1,4 mm de comprimento.[1]

Descrição

Os ácaros orobatídeos têm em geral baixa taxa metabólica, desenvolvimento lento e baixa fecundidade.[1] A maioria das espécies é iterópara, com uma esperança de vida na fase adulta relativamente longa. Estima-se que o tempo de desenvolvimento de ovo até adulto varie entre vários meses e dois anos nos solos das florestas temperadas.[1] É considerado o animal mais forte em relação ao seu peso, podendo levantar 1 180 vezes o próprio peso.[2][3][4]

Este grupo de ácaros apresenta seis ínstares activos: pré-larva, larva, 3 ínstares ninfais e a fase adulta.[1] Todos os estádios após a fase de pré-larva alimentam-se de uma grande variedade de de matéria orgânica, incluindo tecidos de plantas vivas e mortas, partes de fungos, líquenes e carniça. Algumas espécies são predadoras, mas não se conhece qualquer que seja parasítica. Os hábitos alimentares podem diferir entre os indivíduos imaturos e os adultos.

Os Oribatida têm importância económica como hospedeiros de várias espécies de Cestoda endoparasíticos das pessoas e dos animais domésticos e por contribuírem significativamente para a decomposição da matéria orgânica depositada sobre o solo, num processo similar ao das minhocas.[5]

Sistemática

A ordem Oribatida é dividida nos seguintes taxa:[6]

  • Palaeosomata Grandjean, 1969
  • Acaronychoidea Grandjean, 1932 (6 genera)
  • Palaeacaroidea Grandjean, 1932 (8 genera)
  • Palaeacaridae Grandjean, 1932
  • Parhyposomata Balogh & Mahunka, 1979
  • Parhypochthonioidea Grandjean, 1969 (3 genera)
  • Parhypochthoniidae Grandjean, 1969
  • Gehypochthoniidae Strenzke, 1963
  • Elliptochthoniidae Norton, 1975
  • Enarthronota Grandjean, 1947
  • Hypochthonoidea Berlese, 1910 (c. 8 genera)
  • Hypochthoniidae Berlese, 1910
  • Eniochthoniidae Grandjean, 1947
  • Arborichthoniidae Balogh & Balogh, 1992
  • Brachychthonoidea Thor, 1934 (c. 11 genera)
  • Brachychthoniidae Thor, 1934
  • Cosmochthonioidea Grandjean, 1947 (c. 14 genera)
  • Cosmochthoniidae Grandjean, 1947
  • Heterochthoniidae Grandjean, 1954
  • Haplochthoniidae Hammen, 1959
  • Pediculochelidae Lavoipierre, 1946
  • Sphaerochthoniidae Grandjean, 1947
  • Atopochthonioidea Grandjean, 1949 (3 genera)
  • Atopochthoniidae Grandjean, 1949
  • Pterochthoniidae Grandjean, 1950
  • Phyllochthoniidae Travé, 1967
  • Protoplophoroidea Ewing, 1917 (c. 7 genera)
  • Protoplophoridae Ewing, 1917
  • Mixonomata Grandjean, 1969
  • Dichosomata Balogh & Mahunka, 1979
  • Nehypochthonioidea Norton & Metz, 1980
  • Nehypochthoniidae Norton & Metz, 1980
  • Perlohmannioidea Grandjean, 1954
  • Perlohmaniidae Grandjean, 1954
  • Collohmanniidae Grandjean, 1958
  • Eulohmannioidea Grandjean, 1931
  • Eulohmanniidae Grandjean, 1931
  • Epilohmannioidea Oudemans, 1923
  • Epilohmanniidae Oudemans, 1923
  • Lohmannioidea Berlese, 1916
  • Lohmanniidae Berlese, 1916
  • Euptyctima Grandjean, 1967
  • Mesoplophoroidea Ewing, 1917
  • Mesoplophoridae Ewing, 1917
  • Euphthiracaroidea Jacot, 1930
  • Oribotritiidae Grandjean, 1954
  • Euphthiracaridae Jacot, 1930
  • Synichotritiidae Walker, 1965
  • Phthiracaroidea Perty, 1841
  • Holosomata Grandjean, 1969
  • Thrypochthoniidae Willmann, 1931
  • Malaconothridae Berlese, 1916
  • Nothridae Berlese, 1896
  • Camisiidae Oudemans, 1900
  • Crotoniidae Thorell, 1876
  • Nanhermannioidea Sellnick, 1928
  • Hermannioidea Sellnick, 1928
  • Hermanniidae Sellnick, 1928
  • Brachypylina Hull, 1918
  • Pycnonoticae Grandjean, 1954
  • Hermannielloidea Grandjean, 1934 (2 families)
  • Neoliodoidea Sellnick, 1928 (1 family)
  • Plateremaeoidea Trägårdh, 1926 (4 families)
  • Gymnodamaeoidea Grandjean, 1954 (2 families)
  • Damaeoidea Berlese, 1896 (1 family)
  • Polypterozetoidea Grandjean, 1959 (2 families)
  • Cepheoidea Berlese, 1896 (7 families)
  • Charassobatoidea Grandjean, 1958 (3 families)
  • Microzetoidea Grandjean, 1936 (1 family)
  • Zetorchestoidea Michael, 1898 (1 family)
  • Gustavioidea Oudemans, 1900 (8 families)
  • Eremaeoidea Oudemans, 1900 (4 families)
  • Amerobelboidea Grandjean, 1954 (10 families)
  • Eremelloidea Balogh, 1961 (7 families)
  • Oppioidea Sellnick, 1937 (12 families)
  • Trizetoidea Ewing, 1917 (6 families)
  • Otocepheoidea Balogh, 1961 (4 families)
  • Carabodoidea Koch, 1837 (3 families)
  • Tectocepheoidea Grandjean, 1954 (2 families)
  • Hydrozetoidea Grandjean, 1954 (1 family)
  • Ameronothroidea Willmann, 1931 (3 families)
  • Cymbaeremaeoidea Sellnick, 1928 (3 families)
  • Poronoticae Grandjean, 1954
  • Licneremaeoidea Grandjean, 1931 (6 families)
  • Phenopelopoidea Petrunkevitch, 1955 (1 family)
  • Unduloribatoidea Kunst, 1971 (3 families)
  • Limnozetoidea Thor, 1937 (2 families)
  • Achipterioidea Thor, 1929 (2 families)
  • Oribatelloidea Jacot, 1925 (3 families)
  • Ceratozetoidea Jacot, 1925 (5 families)
  • Zetomotrichoidea Grandjean, 1934 (1 family)
  • Oripodoidea Jacot, 1925 (19 families)
  • Galumnoidea Jacot, 1925 (3 families)

Referências

  1. a b c d e Marjorie A. Hoy (2008). «Soil mites». In: John L. Capinera. Encyclopedia of Entomology, Volume 1 2nd ed. [S.l.]: Springer. pp. 3463–3466. ISBN 978-1-4020-6242-1 
  2. Yuri Vasconcelos. «Qual o animal mais forte do planeta?». Mundo Estranho. Consultado em 2 de julho de 2016 
  3. «The strongest living land creatures on Earth, measured by their power to weight ratio» (em inglês). The Telegraph. Consultado em 7 de julho de 2016 
  4. Heethoff, Michael; Koerner, Lars (Setembro de 2007). «Small but powerful: the oribatid mite Archegozetes longisetosus Aoki (Acari, Oribatida) produces disproportionately high forces». The Journal of Experimental Biology. 210 (Pt 17): 3036–3042. ISSN 0022-0949. PMID 17704078. doi:10.1242/jeb.008276 
  5. Edward W. Baker & G. W. Wharton (1952). «Oribatei Dugès, 1833». An Introduction to Acarology. New York: Macmillan. pp. 387–438 
  6. Luis S. Subías (2007). «Listado sistemático, sinonímico y biogeográfico de los ácaros oribátidos (Acariformes: Oribatida) del mundo (Excepto fósiles)» [Systematic and biogeographic list, with synonymies, of the oribatid mites (Acariformes: Oribatida) of the world (excluding fossils)] (PDF) (em Spanish). Consultado em 5 de janeiro de 2008  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)

Biblliografia

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Oribatida
  • Krantz, G. W. (1978). A Manual of Acarology 2nd ed. Corvallis, OR: Oregon State University. ISBN 978-0-88246-064-2 
  • Halliday, R. B., D. E. Walter, H. C. Proctor, R. A. Norton & M. J. Colloff, ed. (2001). Acarology, Proceedings of the 10th International Congress. Melbourne: CSIRO Publishing. pp. 1–960. ISBN 0-643-06658-6  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)
  • Walter, D. E. & H. C. Proctor (2001). Mites in Soil, An interactive key to mites and other soil microarthropods. Col: ABRS Identification Series. Collingwood, Victoria: CSIRO Publishing. ISBN 978-0-643-06790-5 
  • Woolley, Tyler A. (1988). Acarology: Mites and Human Welfare. New York, NY: Wiley Interscience. ISBN 978-0-471-04168-9 


Controle de autoridade
Identificadores taxonómicos
Identificadores