José de Miranda da Silva Reis

José de Miranda da Silva Reis
Morte 1903
Cidadania Brasil
Ocupação político
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Jose de Miranda da Silva Reis, primeiro e único barão com grandeza de Miranda Reis (Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1824 – 1º de janeiro de 1903), foi um político e militar brasileiro, tendo alcançado a patente de marechal e exercido as presidências das províncias de Mato Grosso e do Amazonas. Concluindo o curso da escola militar, recebeu o grau de bacharel em matemáticas em 1848. Filho do major Domingos da Silva Reis, membro de uma família de militares.

Assentando praça em 6 de fevereiro de 1841, no primeiro regimento de cavalaria ligeira, foi elevado, sucessivamente a: cadete de primeira classe em 17 de março de 1841, alferes-aluno em 7 de dezembro de 1843, alferes em 14 de março de 1844, tenente em 30 de setembro de 1846, capitão em 19 de junho de 1852, major em 2 de dezembro de 1856, tenente-coronel em 22 de janeiro de 1866, coronel graduado em 1º de julho de 1866, coronel em 20 de fevereiro de 1869, brigadeiro em 10 de abril de 1871, marechal-de-campo em 29 de janeiro de 1880, tenente-general graduado em 31 de outubro de 1885, tenente-general em 21 de janeiro de 1890 e a marechal em 14 de março de 1892, quando foi reformado.

Cargos

Sendo transferido em 7 de setembro de 1847 para a primeira classe do Estado-Maior do Exército, foi nomeado posteriormente para diversas outras comissões e funções, tais como: para servir como engenheiro na província fluminense, em 26 de outubro de 1849; para o corpo de Estado-Maior de primeira classe, em 24 de julho de 1851; para servir na comissão de limites entre o Brasil e o Uruguai, em 3 de setembro de 1851; como chefe da comissão de engenheiros de Mato Grosso, em 23 de setembro de 1857; primeiro ajudante do diretor do arsenal de guerra da corte, em 13 de março de 1858; diretor das obras públicas do Rio de Janeiro, em 27 de outubro de 1859.

Em decreto de 27 e 30 de abril de 1870 foi nomeado Presidente e Comandante das Armas da Província do Amazonas e, em 30 de outubro de 1872, obteve a nomeação de Comandante das Armas da Província de Mato Grosso, sendo exonerado em 14 de outubro de 1874 deste cargo e de Presidente da Província.

Posteriormente foi nomeado como: intendente da guerra, em 9 de janeiro de 1875; membro da comissão de exame da legislação militar, em 5 de fevereiro de 1875; vogal do conselho supremo militar, em 8 de fevereiro de 1878; conselheiro de guerra, em 7 de dezembro de 1878; diretor da Escola Superior de Guerra, em 9 de março de 1889, do qual foi exonerado em 2 de novembro seguinte, por ter sido nomeado ajudante de campo do Imperador.

Guerra do Paraguai

Participou da Guerra do Paraguai como chefe da comissão de engenheiros. Foi transferido em 19 de novembro de 1865 para o corpo do Estado-Maior de artilharia. Apresentou-se à repartição como ajudante general em 22 de março de 1867, vindo do Exército em operações em Mato Grosso, sendo nomeado em 25 desse mês diretor do arsenal de guerra da corte.

Em 1868, seguiu a 30 de junho para o exército em operações no Paraguai, sendo nomeado pelo comando-em-chefe no dia 17 do mês seguinte para comandar a 2.ª Brigada Provisória da Divisão Expedicionária no Chaco, com a qual reforçou o ponto norte do ístmo fronteiro as fortificações de Humaitá, onde se refugiavam os paraguaios que se retiravam dessas fortificações. Comandou os 3º, 7º, e 8º Batalhões de Infantaria, que formavam a Brigada, assistiu ali aos 10 dias de resistência obstinada pelo inimigo, desde 25 de julho a 4 de agosto, e por este feito d’armas lhe foi feita Especial Menção pelo Comanda em Chefe de todas as Forças Brasileiras, em ordem do dia 6 de agosto, pelo empenho, valor, dedicação, tanto trabalho para o bom êxito da operação que fez concluir este período tão glorioso da campanha e pelas acertadas disposições que deu à força que lhe foi confiada. Nomeado para comandar a 1ª Brigada de Infantaria do 1º Corpo do Exército, seguiu a 17 de agosto para a costa de Nhambucú e foi promovido a Coronel Graduado em 1º de junho.

Por ocasião de organizar-se o Exército foi nomeado comandante da primeira brigada de infantaria do segundo corpo do Exército; assistiu às batalhas de 6 a 11, e o assalto de 21 sobre as fortificações de Lomas Valentinas, tudo em dezembro de 1868, sendo ferido gravemente neste assalto; está mencionado na parte dada pelo brigadeiro Jacinto Machado Bittencourt, como um dos oficiais que mais se distinguiram no assalto.

Homenagens

Foi agraciado com os graus de oficial e comendador da Imperial Ordem da Rosa, em 10 de abril de 1858 e em 9 de janeiro de 1867; com o hábito e a grã-cruz da Ordem de São Bento de Avis, em 18 de novembro de 1863 e em 23 de abril de 1873; com o grau de oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, em 6 de setembro de 1870, com a medalha do Mérito Militar e Geral da Campanha do Paraguai e com o título de barão com grandeza de Miranda Reis, por decreto de 20 de junho de 1881.

Bibliografia

  • LAGO, Laurêncio. Os generais do exército brasileiro, de 1860 a 1889 – 3.° volume – volume LIX da Biblioteca Militar.

Ligações externas

  • Relatório que à Assembléia Legislativa Provincial do Amazonas apresentou na ata da abertura das sessões ordinárias de 1871, o presidente, bacharel José de Miranda da Silva Reis, em 25 de março de 1871
  • Relatório apresentado à Assembléia Legislativa Provincial do Amazonas na 1.ª sessão da 11.ª legislatura no dia 25 de março de 1872 pelo presidente da província, o exmo. sr. general dr. José de Miranda da Silva Reis
  • Exposição com que ao exmo. sr. dr. Domingos Monteiro Peixoto passou a administração da província do Amazonas o exmo. sr. general dr. José de Miranda da Silva Reis no dia 8 de julho de 1872

Precedido por
Clementino José Pereira Guimarães
Presidente da província do Amazonas
18701872
Sucedido por
Domingos Monteiro Peixoto
Precedido por
Francisco José Cardoso Júnior
Presidente da província de Mato Grosso
18721874
Sucedido por
Antônio de Cerqueira Caldas
  • v
  • d
  • e
  1. João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha
  2. Manuel Gomes Correia de Miranda
  3. Herculano Ferreira Pena
  4. Manuel Gomes Correia de Miranda
  5. João Pedro Dias Vieira
  6. Manuel Gomes Correia de Miranda
  7. Ângelo Tomás do Amaral
  8. Joaquim Gonçalves de Azevedo
  9. Ângelo Tomás do Amaral
  10. Francisco José Furtado
  11. Manuel Gomes Correia de Miranda
  12. Manuel Clementino Carneiro da Cunha
  13. Manuel Gomes Correia de Miranda
  14. Sinval Odorico de Moura
  15. Adolfo de Barros Cavalcanti de Albuquerque Lacerda
  16. Inocêncio Eustáquio Ferreira de Araújo
  17. Manuel Gomes Correia de Miranda
  18. Antônio Epaminondas de Melo
  19. Gustavo Adolfo Ramos Ferreira
  20. Antônio Epaminondas de Melo
  21. Sebastião José Basílio Pirro
  22. João Inácio Rodrigues do Carmo
  23. José Bernardo Michiles
  24. José Coelho da Gama e Abreu
  25. Jacinto Pereira do Rego
  26. Leonardo Ferreira Marques
  27. João Wilkens de Matos
  28. Clementino José Pereira Guimarães
  29. José de Miranda da Silva Reis
  30. Domingos Monteiro Peixoto
  31. Nuno Alves Pereira de Melo Cardoso
  32. Antônio dos Passos Miranda
  33. Gabriel Antônio Ribeiro Guimarães
  34. Nuno Alves Pereira de Melo Cardoso
  35. Domingos Jaci Monteiro
  36. Agesilão Pereira da Silva
  37. Gabriel Antônio Ribeiro Guimarães
  38. Guilherme José Moreira
  39. Rufino Eneias Gustavo Galvão
  40. Romualdo de Sousa Pais de Andrade
  41. José Clarindo de Queirós
  42. Sátiro de Oliveira Dias
  43. Alarico José Furtado
  44. Romualdo de Sousa Pais de Andrade
  45. José Lustosa da Cunha Paranaguá
  46. Guilherme José Moreira
  47. Teodureto Carlos de Faria Souto
  48. Joaquim José Pais da Silva Sarmento
  49. José Jansen Ferreira Júnior
  50. Clementino José Pereira Guimarães
  51. Ernesto Adolfo de Vasconcelos Chaves
  52. Clementino José Pereira Guimarães
  53. Conrado Jacó de Niemeyer
  54. Francisco Antônio Pimenta Bueno
  55. Antônio Lopes Braga
  56. Raimundo Amâncio de Miranda
  57. Joaquim Cardoso de Andrade
  58. Joaquim de Oliveira Machado
  59. Manuel Francisco Machado
Brasão do Império do Brasil (segundo reinado)
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  • d
  • e
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