Amadeu Amaral

Amadeu Amaral
Amadeu Amaral
Nascimento 6 de novembro de 1875
Capivari (hoje Monte-Mor)
Morte 24 de outubro de 1929 (53 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Poeta, folclorista, filólogo e ensaísta
Assinatura

Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado (Capivari (hoje Monte-Mor), 6 de novembro de 1875 – São Paulo, 24 de outubro de 1929) foi um poeta, folclorista, filólogo e ensaísta brasileiro.

Estudos linguísticos

Autodidata, surpreendeu a todos por sua extraordinária erudição, num tempo em que não havia, em São Paulo, os estudos acadêmicos e os cursos especializados que se especializariam pouco depois. Dedicou-se paralelamente à poesia aos estudos folclóricos e, sobretudo, à dialectologia. No Brasil, foi o primeiro a estudar cientificamente um dialeto regional. O Dialeto Caipira, publicado em 1920, escrito à luz da linguística, estuda o linguajar do caipira paulista da área do vale do rio Paraíba, analisando suas formas e esmiuçando-lhe sistematicamente o vocabulário. Esta obra é considerada como sua melhor contribuição às Letras.[1]

Percurso literário

Sua poesia enquadra-se na fase pós-parnasiana, das duas primeiras décadas do século XX. Como poeta, não esteve à altura de seus dois predecessores, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, mas destacou-se pelo desejo de contribuir, com suas obras, para a elevação de seus semelhantes.[1]

Seu primeiro Livro, Urzes, revela a influência pelo Simbolismo, notadamente na parte referente aos sonetos, estética da qual se afastaria gradualmente dos volumes posteriores, Névoa e Espumas, já ligados ao Parnasianismo. Em seu último livro de versos, Lâmpada Antiga, é constituído de sessenta sonetos, os quais verifica os princípios de humildade, na análise de personalidade do ser humano e dos princípios da moral e cívica, visando diretamente ao aperfeiçoamento humano.

Academia Brasileira de Letras

Foi eleito para a cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras, na vaga de Olavo Bilac, recebido em 14 de novembro de 1919 pelo acadêmico Magalhães Azeredo.

Obras

  • Urzes, poesia (1899)
  • Névoa, poesia (1902)
  • Espumas, poesia (1917)
  • Lâmpada antiga, poesia (1924)
  • Letras floridas, ensaio (1920)
  • O dialeto caipira, filologia (1920)
  • O elogio da mediocridade, ensaio (1924)
  • Tradições populares, folclore (1948)
  • Obras completas de Amadeu Amaral, com prefácio de Paulo Duarte (1948).

Referências

  1. a b «Amadeu Amaral». Academia Brasileira de Letras: Arquivo dos Acadêmicos. Consultado em 12 de novembro de 2013. Arquivado do original em 30 de abril de 2009 

Ligações externas

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  • Wikisource
  • «Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras» 

Precedido por
Olavo Bilac
ABL - segundo acadêmico da cadeira 15
1919 — 1929
Sucedido por
Guilherme de Almeida
  • v
  • d
  • e
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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